Câncer de Testículo - Dr. Thiago Nunes

Câncer de Testículo

É aneoplasia maligna mais frequente em homens entre 20 e 34 anos, período de plena atividade produtiva e reprodutiva. O testículo é a maior fonte de testosterona produzida pelos homens, sendo responsável pela manutenção da libido (desejo sexual) e pela produção dos espermatozoides e, consequentemente, pela da fertilidade no homem. Com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, a sobrevida em cinco anos nos dias de hoje aproxima-se de 95% dos pacientes tratados.

Imagem Câncer de Testículo

Fatores de risco

O principal fator associado ao câncer testicular é a criptorquidia (testículos posicionados fora da bolsa escrotal). Outro grupo com maior incidência de câncer de testículo são os homens portadores de infertilidade. Nesses casos, a presença de tumor pode ser a causa da diminuição na produção de espermatozoides. O quadro clínico caracteriza-se por aumento do volume testicular ou pela presença de nódulo testicular indolor à palpação.

O retardo no diagnóstico pode levar à progressão da doença, uma vez que são neoplasias com rápida progressão, fazendo com que mais da metade dos pacientes com tumor testicular chegue ao médico já com doença metastática. Embora seja assustadora a alta frequência de doença disseminada ao diagnóstico inicial, esses pacientes apresentam possibilidade de cura em aproximadamente 75%, devido à resposta favorável desses tumores à quimioterapia e à radioterapia.

 

Existem dois os tipos de neoplasias testiculares:

  • Tumores seminomatosos de comportamento mais lento.
  • Tumores não seminomatosos, estes mais agressivos e com tratamento mais difícil, na maioria das vezes necessitando o uso de quimioterápicos.

As células tumorais produzem substâncias que chegam ao sangue, podendo ser detectadas por meio de exames laboratoriais. Tais exames devem ser realizados sempre no início do atendimento ao paciente, e são muito importantes no diagnóstico, quantificação do grau de comprometimento da doença e servem de parâmetro para o acompanhamento após o tratamento. Os principais marcadores são o Beta-hCG, o DHL e a Alfa-Fetoproteína.

 

Qual tratamento?

O tratamento correto consiste na retirada do testículo acometido, realizada sempre através de abordagem na região inguinal. Muitos dos pacientes com câncer ainda não possuem uma prole constituída, sendo assim, o tratamento pode representar um grande impacto na fertilidade desses indivíduos. Após quimioterapia ou radioterapia, quase todos os pacientes têm a função do testículo remanescente gravemente alterada por um período de aproximadamente dois anos, quando um pouco mais da metade desses apresentam melhora importante com possibilidade de gravidez. Por esse motivo, todos os pacientes podem ter seus espermatozoides congelados antes do tratamento definitivo, permanecendo assim a possibilidade de obtenção de gravidez por método de reprodução assistida.

Quanto ao aspecto estético, hoje são utilizadas próteses testiculares de silicone implantadas no ato da retirada do testículo sem deixar cicatrizes e imperceptíveis visualmente quando comparadas ao testículo normal.

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